COMPRESSOR SAIU DE LINHA: E AGORA?

Saiba como escolher o modelo mais adequado para a substituição.

 Em seu trabalho, frequentemente o refrigerista se vê diante da necessidade de substituir um compressor que não está mais disponível no mercado. Nessa situação, muitos se perguntam por que alguns modelos deixam de ser fabricados. A explicação é simples: a pesquisa de novas soluções é permanente na Embraco, buscando desenvolver compressores cada vez mais avançados.
Essa busca tem hoje como aspectos centrais o aumento da eficiência energética e a preocupação com a sustentabilidade. Além disso, incorporam os melhores recursos para oferecer o melhor desempenho em termos de qualidade, confiabilidade, robustez e outras características associadas à marca Embraco. Durante esse processo alguns modelos deixam de ser produzidos. Aí surge a dúvida: qual modelo utilizar no lugar daquele que não existe mais? Para começar, é preciso explicar que a Embraco tem buscado facilitar a vida dos profissionais de refrigeração, oferecendo modelos que funcionam como “coringas”. Na tabela da página ao lado, há exemplos que mostram claramente essa situação. Você pode conferir a versão completa da tabela para compressores que utilizam R134a no site www.clubedarefrigeracao.com.br. Essa tabela serve para indicar os modelos atuais disponíveis na revenda que substituem os modelos que podem estar em uso. Além de observar a tabela e pesquisar opções no site da Embraco (www.embraco.com.br/catalog) e no Livreto de Orientação para Aplicação (disponível no site do Clube), cinco aspectos devem ser considerados no momento da escolha da melhor alternativa:
  • Faixa de temperatura de evaporação;
  • Fluido refrigerante utilizado;
  • Capacidade requerida pelo sistema;
  • Tensão e frequência da rede elétrica;
  • Torque de partida.
Juntamente com esses cinco aspectos, em alguns casos serão necessários ajustes devido à diferença entre a carcaça dos compressores.

1. Faixa de temperatura de evaporação

É importante que o compressor escolhido para substituição tenha a mesma faixa de temperatura de evaporação do compressor que estava instalado no refrigerador para garantir o bom funcionamento (para baixa – LBP, média – MBP ou alta – HBP). Contudo, se não conseguir essa informação pelo compressor a ser substituído, é possível obtê-la do sistema. Por exemplo, refrigeradores domésticos e freezers estão sempre na faixa LBP; expositores de bebidas, cervejeiras e auto-serviço normalmente estão na faixa L/MBP e assim por diante. Você pode ver mais informações sobre esse tema na seção Coleção Técnica da edição anterior da revista (no 120, de dezembro/2014), que pode ser consultada no site do Clube. É importante destacar que, se um modelo inadequado for selecionado para a aplicação desejada, haverá grandes chances de ocorrerem problemas no seu funcionamento.

2. Fluido refrigerante

Para a substituição outro aspecto fundamental que deve ser levado em conta é o tipo de fluido refrigerante utilizado no sistema: R600a, R134a, R22, R404A, R290 ou outro. Idealmente é preciso manter o fluido refrigerante original. Quando houver a substituição por um modelo que use outro fluido refrigerante (caso de sistemas antigos com R12, por exemplo), é necessário estar atento para a limpeza do sistema com solvente apropriado (nada de álcool), para a remoção do óleo e para realização do vácuo antes da instalação do novo compressor.  Lembre-se também de recolher o R12, que não deve ser liberado na atmosfera.

3. Capacidade requerida pelo sistema

A capacidade de refrigeração do compressor a ser substituído é outro fator que deve ser observado e deve ser compatível com a carga térmica requerida no sistema. Portanto, é importante que o compressor a ser instalado tenha a capacidade adequada: no máximo 10% a mais ou a menos que a especificada. Essa informação pode ser encontrada na ficha técnica do produto ou no catálogo do fabricante.

4. Tensão / Frequência

O modelo deve ser adequado para a tensão e fre­quência necessárias (115-127V / 60Hz ou 220V / 60Hz). Deve ser destacado que em re­giões de fronteira – como entre Brasil e Uruguai ou Paraguai – a preocupação com essa verificação precisa ser maior, uma vez que o Brasil adota a fre­quência de 60 Hz e alguns países vizinhos utilizam 50 Hz.

5. Torque de partida

Também é indispensável checar o tipo de compressor, em relação ao torque de partida: LST (baixo torque de partida) ou HST (alto torque de partida). Caso não esteja disponível a informação sobre o torque de partida, é necessário observar o sistema de refrigeração: tubo capilar exige compressores LST ou HST, enquanto sistemas com válvula de expansão requerem o uso de modelos HST.


POR EMBRACO

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